Paixão de mãe pra filho: atleta do Palmas herdou da mãe o talento pro futebol
Desde muito novo, o jovem Jhon Willian Cabral dos Santos acompanhava a mãe Rosângela Batista, jogadora de futebol, nas partidas que disputava. Vendo o sucesso e a dedicação da mãe nas quatro linhas, Jhon cresceu apaixonado por futebol e logo que pôde começou também a traçar seu caminho no esporte.
Aos 18 anos, o jogador que é natural de Monte do Carmo (TO), fala sobre o sentimento de gratidão à família pelo incentivo e os desafios do momento decisivo da carreira
“Sentimento de gratidão à minha mãe por sempre ter me dado apoio para eu seguir em frente. Acho que sem o futebol não sei o que eu seria hoje, não sei nem se estaria vivo. Quem me influenciou muito foi ela, que jogava num time de futebol feminino em Porto Nacional. Eu ia assistir jogos, ia nas viagens, desde molecote, por volta dos 3 anos, até os 9. A partir dos 9 anos já queria jogar. Ela dizia ‘calma, espera crescer mais um pouco’. Porque eu era bem magrelo mesmo, ‘espera ficar um pouco mais forte aí você vai’”, lembra o atleta que também recebeu o apoio do pai, Josetan, para jogar.
Foi uma lesão na clavícula que fez o caminho dele se cruzar com o do tricolor. Quando sofreu a fratura, o atleta estava no futebol goiano, e depois de se recuperar na capital tocantinense, Jhon fez um teste no Palmas, onde mesmo sendo da categoria sub 15, atuou em divisões com atletas mais velhos, como no sub 20.
Foi também no Palmas que viveu grandes emoções como partidas decisivas, e um gol com um sabor especial, marcado em 4 de fevereiro na vitória por 2 a 0 sobre o Castelo na rodada de abertura do Tocantinense Sub 20.
“O gol que mais me marcou foi o gol que aconteceu depois da tragédia que a gente vivenciou, foi o gol que eu fiz que eu homenageei os atletas, uma semana depois do acidente. Eu entrei no jogo e falei que faria esse gol, Deus abençoou eu fiz o gol e saímos com a vitória”, contou.
Atualmente o atleta se divide entre os treinos e a rotina de trabalho. Para ele, que já enfrentou derrotas e lesões, este é o momento mais difícil.
“O momento mais difícil está sendo agora, na fase de transição. Trabalhando de manhã e treinando à tarde. É o momento em que até o final do ano eu vou ter que decidir se eu vou seguir no futebol ou continuar trabalhando. O momento mais difícil pra mim tá sendo esse”, revelou.
No entanto, Jhon não encara a fase com desânimo e aconselha que os jovens atletas que vivem esse momento, também não desanimem.
“Trabalho a gente pode até correr depois, mas o nosso sonho de ser atleta profissional não. É complicado conciliar, mas tem que tentar até o último momento”, finalizou.
A entrevista completa está disponível no canal do Palmas FR no youtube e faz parte da Série “Nossa Base”: https://youtu.be/_jwzPjUjCxg